Assim como no próprio Lageamb, no desenvolvimento do TED-Incra/UFPR, há inter-relação entre todos os projetos. “Dependemos das digitalizações da equipe da Gestão Documental para fazer os planejamentos com nossa equipe de pré-campo, por exemplo. Existe muita troca de informações sobre os projetos de assentamento e lotes com a equipe de Geoprocessamento, desde acessos, contatos de lideranças, infraestrutura, entre outros. Nós geramos Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), que são editados no Projeto 7, geramos os dados que abastecem o projeto de Banco de Dados, e assim por diante. Ou seja: todos os projetos são intimamente relacionados“, evidencia a coordenadora do P2.
Por meio desse trabalho integrado e multidisciplinar, sensível e cuidadoso, utilizando-se de metodologias técnicas para levantar informações confiáveis sobre os lotes, o uso da terra e as condições de infraestrutura, o Lageamb contribui na produção de dados e diagnósticos, dando subsídio ao próprio Incra no sentido de formulação e aplicação de políticas do PNRA que sejam fundamentadas em evidências circunstanciais reais e não apenas em exigências legais. A Universidade tem trazido o panorama atualizado da situação de cada projeto de assentamento que visita, com grande troca de informações e expertises. Este é outro lado que o projeto proporciona, a formação de excelência de profissionais comprometidos e que passam a conhecer em profundidade os meandros de uma política pública, das mais relevantes no contexto social do país, frisa a coordenadora Liliani.
Nesse sentido, a atuação da universidade na frente finalística do Incra é fundamental porque qualifica a Política Nacional de Reforma Agrária, aplicando a tríade, ensino, pesquisa e extensão com sensibilidade e conhecimento técnico para garantir cidadania, combater desigualdades e fortalecer a agricultura familiar, mostrando que a Universidade Pública tem impacto direto na vida das pessoas e na execução de políticas públicas.