Esses planos buscam diagnosticar problemas que podem ser agravados pelas mudanças climáticas e propor soluções baseadas na natureza, a fim de reduzir os riscos tanto para as comunidades do entorno quanto para a própria biodiversidade. E, além deles, existe a proposta de elaboração de um guia para que se repliquem essas ações em outras UCs Brasil afora.
Nesse sentido, as UCs efetivam a atenção quanto aos processos de interação entre o ser humano e a natureza, garantindo que espaços com diversidade de componentes naturais mantenham-se resguardados. Pensando na fonte mais importante da subsistência humana, a água, que é um recurso natural fundamental para a vida das espécies, tanto porque é a base para sobrevivência e desenvolvimento quanto por ser essencial à agricultura, indústria, produção de energia, entre outros, delineamos uma relação fundamental entre UCs, saúde pública e meio ambiente, como explica o doutor em Sistemas Costeiros e Oceânicos pela UFPR e pesquisador do Lageamb, Bruno Martins Gurgatz:
“As Unidades de Conservação protegem áreas de nascentes, rios e mananciais, que são essenciais para garantir uma água limpa. A vegetação nativa atua como filtro natural, retendo sedimentos e poluentes, e as florestas emitem moléculas químicas, que ajudam na formação de nuvens em larga escala, distribuindo a umidade. Sem a preservação dessas áreas, aumenta o risco de contaminação da água por agrotóxicos, esgoto e erosão do solo”.